Qual robô é seu colega de trabalho?

Qual robô é seu colega de trabalho?

Não é de hoje que existe um certo medo de que robôs “roubem” o emprego de alguns profissionais. Mas é fato também que nos últimos anos, e em função de todo o desenvolvimento tecnológico (e principalmente da I. A – Inteligência Artificial), fica cada vez mais evidente que só perderá o emprego quem realmente não se adaptar.

Isso porque é um consenso entre os especialistas que o trabalho “do futuro” daqui em diante será cada vez mais realizado por máquinas. Mais do que isso, neste processo de transição entre o que podemos considerar velho e novo mundo, a possibilidade real de cooperação entre máquinas e humanos parece ser o caminho ideal.

O especialista em ciência de dados – Thomas H Davenport, que fala sobre a relação e possível substituição de trabalhadores humanos por máquinas na próxima década, afirma que “ainda teremos muitos trabalhadores humanos, mas cada um terá como colega uma máquina inteligente. Um sistema que diz como fazer o seu trabalho melhor. As únicas pessoas que vão perder os trabalhos são aquelas que se recusarem a trabalhar com esses conceitos”.

E já não é de hoje também que tratamos com recorrência a necessidade de desenvolver a resiliência, para os colaboradores em geral, e na vida. Não é que o mundo “está mudando”, ele nunca vai parar de mudar, por um motivo ou outro. Estamos em um processo de evolução natural e isso implica em transformação, queiramos ou não. E por isso, a resiliência talvez seja a grande característica dos seres humanos daqui em diante. Nunca foi tão necessário aprender a lidar com imprevistos e depois de encontrar soluções sair ainda mais forte e preparado do que antes do acontecido. 

Sem contar que, trazendo para o mundo empresarial, como apontou Davenport, empresas, micro ou gigantes, podem se beneficiar e muito do uso de dados e da I.A. Conforme ela se torna mais acessível a todos, é possível sem grandes investimentos otimizar os processos de qualquer negócio e obter novos resultados.

Então, por que ao invés de resistir ou continuar assustado você não se adapta e procura entender como você e sua empresa podem fazer parte destas mudanças? Ao compreender de forma definitiva que o  futuro do trabalho está na união entre humanos e máquinas, e não na substituição de trabalhadores por robôs, todo o processo fica mais leve e prazeroso. Ainda segundo as previsões  de Thomas Davenport, que é também professor de tecnologia na faculdade Babson, assim como a inteligência artificial seguirá evoluindo rapidamente, a interação dos profissionais com esses processos também mudará continuamente.

E o mais importante, caberá às empresas investir nestes novos conceitos e oferecer treinamentos e capacitações aos seus colaboradores. Adaptar-se sempre foi o diferencial “competitivo” do ser humano e mais uma vez é o que pode fazer a diferença nas próximas décadas.

 

BENITO PEDRO VIEIRA SANTOS

Especialista em Reestruturação de Empresas

 

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