Que o mercado brasileiro está em plena evolução e adaptação, todo mundo já sabe. Nos últimos anos, o acesso a tantas novas ferramentas – frutos da união promissora entre a tecnologia e a inovação, tem dado a oportunidade a toda e qualquer empresa – independente do seu tamanho e área de atuação, de crescer e alcançar novos mercados, de forma cada vez mais automatizada e acessível. Mas para que tudo isso aconteça é preciso voltar um passo, e nunca é demais lembrar que a base de qualquer negócio continua sendo a mesma: seus colaboradores.
Por mais que os processos e até mesmo produtos, dependendo da empresa, sejam digitais, sempre por trás de um comando ou computador haverá um ser humano. Entender este ponto é fundamental para dar sequência aos demais passos, afinal, antes de investir em máquinas e ferramentas, é preciso investir em gente que veste a camisa e entende o propósito do seu negócio.
E quando se trata de construção de carreira, mais do que vestir a camisa é preciso se preparar para as novas exigências do mercado. Perceba que eu disse exigências do mercado, afinal, é ele quem dita as regras e não um empresário como alguns funcionários ainda podem imaginar.
Neste sentido, existem centenas de estudos que buscam apontar quais serão as habilidades “cobradas” indispensáveis para os profissionais do futuro. É importante lembrar ainda que uma das características deste mercado em constante e rápida evolução é justamente a imprevisibilidade, ou seja, quando uso o termo futuro aqui se trata de um período bem próximo. Acredito que cada vez mais as pesquisas vão seguir neste caminho, com base em espaços menores de tempo, o que aumenta consideravelmente as chances de acerto.
Em uma delas, o Fórum Econômico Mundial [FEM] publicou no fim de 2020 “O relatório do futuro do trabalho”, que destacou principalmente as dificuldades em relação à área de tecnologia. “A capacidade das empresas globais de aproveitar o potencial de crescimento da nova adoção tecnológica é dificultada pela escassez de habilidades*”.
Porém, antes de buscar novas competências, a dica é que os profissionais passem a desenvolver a capacidade de aprender novas habilidades. Com a velocidade com a qual o mercado está se transformando, esse é um passo crucial na jornada profissional. Além disso, hoje as soft skills e as hard skills [habilidade técnicas] já estão no mesmo nível para muitos especialistas.
E olha que sintomático. Na ausência de talentos prontos, os empregadores ouvidos pelo relatório do FEM relatam que, em média, fornecem cursos de requalificação e qualificação para 62% de sua força de trabalho. No entanto, o engajamento dos empregados nesses cursos não é alto: na média, apenas 42% dos funcionários efetivamente fazem os cursos oferecidos pelas suas empresas. Ou seja, boa parte dos colaboradores ainda não entenderam que precisam investir em sua própria formação e expandir seus conhecimentos para permanecerem no mercado.
Então, para onde estes indicadores apontam? Quais habilidades os profissionais precisam desenvolver? Segundo o relatório do FEM, veja as 15 habilidades que vão estar em alta até 2025 e não perca mais tempo “esperando para ver no que vai dar”. Invista em sua carreira, atualize-se e conquiste novos espaços dentro de qualquer negócio que deseja atuar. A escolha entre permanecer como está ou evoluir sempre será sua, pense nisso.
- Pensamento analítico e inovação
- Aprendizagem ativa e estratégias de aprendizado
- Resolução de problemas
- Pensamento crítico
- Criatividade
- Liderança
- Uso, monitoramento e controle de tecnologias
- Programação
- Resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade
- Raciocínio lógico
- Inteligência emocional
- Experiência do usuário
- Ser orientado a servir o cliente (foco no cliente)
- Análise e avaliação de sistemas
- Persuasão e negociação
BENITO PEDRO VIEIRA SANTOS
CEO da Avante Assessoria Empresarial – VP do Grupo Alliance
Especialista em Reestruturação de Empresas