Incertezas são inevitáveis e a resiliência é vital

Incertezas são inevitáveis e a resiliência é vital

Sabe aquela famosa frase que diz que “mar calmo nunca fez bom marinheiro”? Acredito que mais do que nunca ela faz não apenas sentido, mas resume bem de certa forma o desafio dos empresários e empreendedores que se jogam no mar (mercado) que está cada dia mais revolto. E sim, é fato que ao superar grandes tempestades e sobreviver a ondas gigantes, toda a empresa sai mais forte como um todo, não apenas o comandante, não creio ser possível entrar e sair de uma “tempestade” sem ter amadurecido.

 

E este fato é de fácil explicação, afinal, quando todos se envolvem e buscam encontrar soluções juntos para enfrentar os desafios do mercado e compartilham das mesmas expectativas e resultados, o sentimento de pertencer se sobrepõe a qualquer instabilidade interna ou externa.

 

Por falar nela, a instabilidade, é fato também que independente do setor de atuação toda e qualquer empresa precisa se familiarizar com ela. Entre altos e baixos, erros e acertos, uma coisa é certa: vivemos a era das grandes e rápidas transformações, o que significa dizer que o sucesso de hoje não garante a sobrevivência de amanhã e que neste cenário de incertezas e mudanças, nunca foi tão necessário exercitar a resiliência empresarial.

 

Para falar sobre este ponto específico, vale destacar que a equipe de pesquisadores do Centro de Referência em Estratégia da Fundação Dom Cabral, apoiada pela Grant Thornton Brasil, tem se empenhado para produzir e divulgar uma série de conteúdos para oferecer insights e sugestões de prioridades para auxiliar e preparar as empresas para o momento atual e de retomada do mercado pós-pandemia. E segundo os pesquisadores, para enfrentar a instabilidade do ambiente, as empresas devem criar alternativas robustas baseadas na economia de cada setor, em vez de tentar identificar e quantificar os impactos propriamente ditos*.

 

Então, como enfrentar os desafios da instabilidade e priorizar a resiliência e a adaptação?

 

  • Adotando uma visão holística da resiliência. Esta é uma atitude que permite aos executivos tomar decisões mais assertivas diante da ampla variedade de escolhas;

 

  • Estendendo as capacidades organizacionais de maneira incremental sem descuidar da perspectiva de longo prazo. Como, por exemplo, as novas tendências de: trabalho remoto na modalidade home office; cadeias de suprimentos mais curtas, ágeis e menos dependentes de um único fornecedor; comercialização de produtos e serviços por meio de plataformas digitais; digitalização/automação de processos usando RPA (Robotic Process Automation); e segurança da informação e medidas contra ataques de perfis falsos em transações virtuais. Estas são algumas das tendências que não dão sinais de regressão, mas sim avanço progressivo;

 

  • Assumindo uma nova estrutura de governança empresarial capaz de influenciar os objetivos estratégicos e organizacionais, além de ações que se estendam para o contexto socioambiental.

 

Além disso, nunca é demais lembrar que é preciso maximizar o aprendizado em tempos de crise, lembra do início deste artigo? Se você aprender a navegar em um mar agitado, não será qualquer onda que irá te assustar, e é essa estruturação com base na resiliência organizacional que lhe permitirá a obtenção de novas vantagens competitivas hoje e no futuro próximo.

 

Esteja atento ao novo cenário econômico e financeiro do seu negócio, mantenha suas métricas atualizadas, pois assim você conseguira ajustar com mais agilidade e assertividade o melhor caminho para a perenidade saudável do seu negócio.

 

 

 

*Fonte:https://www.grantthornton.com.br/insights/artigos-e-publicacoes/serie-resiliencia—incertezas-sao-inevitaveis-mas-navegar-e-preciso/

 

 

 

BENITO PEDRO VIEIRA SANTOS

CEO da Avante Assessoria Empresarial – VP do Grupo Alliance

Especialista em Reestruturação de Empresas

 

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